A notícia assusta e comove: um filhote de baleia-jubarte teria confundido um iate com sua mãe na costa de Sydney, na Austrália. A pequena baleia – se é que baleias podem ser pequenas – nadava constantemente em volta do iate e tentava mamar no seu casco…
Factos assim comovem-nos, assim como assustam as notícias que tem surgido recentemente de mães que abandonam seus filhos, filhos que matam as suas mães, cenas de violência em doses gigantescas.
O caso da pequenina baleia desperta-nos para a tragédia humana. Temos o poder de dizimar espécies, destruir paraísos ecológicos, na mesma medida em que somos poderosos o suficiente para destruir cidades e espalhar o ódio. Ao mesmo tempo, carregamos a tiracolo um misterioso instinto de sobrevivência, que se não nos é tão claro e evidente quanto o dos animais, ao menos impele-nos para sentimentos mais nobres, como o da compaixão.
Sentir tristeza pelo drama da pequenina baleia talvez seja uma maneira de mostrar a importância que atribuímos ao amor maternal. Os filhos devem ficar com as suas mães, numa relação de carinho e provimento que garante a vida e a perpetuidade da espécie. Somos regidos por esta lei natural, e sentimo-nos mal todas as vezes que percebemos desvios e transgressões.
A baleia que procura pela sua mãe, ou a mãe que abandonou o seu bebê numa lata de lixo, são factos que testam a nossa capacidade de entendimento, ou o quanto estamos aptos a zelar pela leis que regem a natureza. O facto de se indignar, ou ao menos sentir compaixão, são sintomas vitais que além de apontar os nossos desvios, mostram que somos parte de um mundo muito mais amplo do que simplesmente o nosso universo de ocupações e preocupações.
Há os que lutam para salvar espécies em extinção, como há os que lutam por proteger crianças da violência de adultos. Ao contrário do que muitos dizem, a luta de todos tem a mesma importância na manutenção da lei natural que nos mantém vivos: o amor.
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